segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

15º Hildegard von Bingen - A Santa e revolucionária polímata considerada uma das personalidades mais fascinantes da Idade Média.

Visão: Da Vida de Hildegarda de Bingen


Título Original: Vision: Aus dem Leben der Hildegard von Bingen 
DireçãoMargarethe von Trotta
Gênero: Biografia, Drama
País: Alemanha
Estreia: 04 de setembro de 2009
Duração: 106 minutos

A história da monja beneditina polímata do século 12, a alemã Hildegard Von Bingen (Barbara Sukowa). Mística cristã, teóloga, escritora, filósofa, poetisa, compositora, dramaturga, oradora, naturalista, médica e ativista. Apesar das rigorosas normas eclesiásticas, a revolucionária Hildegard conquistou seu espaço e retransmitiu suas visões para a maior glória de Deus e da humanidade.

**"A consciência inspirada do século 12." Regine Pernoud (historiadora medievalista, arquivista e paleógrafa francesa do século XX);

**"Uma luz ao povo." Papa João Paulo II.

Trailer (Inglês)

Filme (Legendado)

04092011

Biografia

Representação de Hildegard von Bingen

Hildegard von Bingen (1098 - 1179): Foi uma monja beneditina, mística cristã, teóloga, escritora, filósofa, poetisa, compositora, dramaturga, oradora, naturalista, médica informal e ativista alemã, mestra do Mosteiro de Rupertsberg em Bingen am Rhein, na Alemanha. Personalidade muito citada mas pouco conhecida, que com seus sermões públicos desafiou poderosos do regimento machista da época rompendo barreiras preconceituosas contra as mulheres. Foi respeitada como uma autoridade em assuntos teológicos, louvada por seus contemporâneos em altos termos. Considerada a primeira cientista após a destruição definitiva de Alexandria, uma das figuras mais singulares e importantes do século 12. Décima e caçula dos filhos do barão Hildeberto de Bermersheim, uma nobre família, Hildegard tinha saúde frágil e aos 8 anos foi entregue a uma tia monja beneditina de nome Jutta, para ser criada em uma ermida perto de Speyer e receber uma educação religiosa. Naquela época, de convulsões políticas, religiosas e filosóficas, ficou conhecida como uma mulher forte e piedosa. Aprendeu a ler e escrever em rudimentos de latim, e após o falecimento da tia (1136), as monjas elegeram-na, aos 38 anos, para abadessa (superiora do mosteiro). Na década seguinte saiu de Disibodenberg e fundou um convento de Ruperstsberg perto de Bingen (1147), 30 km a norte, nas margens do Reno. Depois, fundou outro convento em Eibingen, na outra margem do rio. Viveu várias experiências místicas, as quais registrou em seus escritos, que chamaram a atenção do Papa Eugénio (1145-1153), que a incentivou a continuar escrevendo. Como abadessa de um mosteiro Beneditino, foi uma das poucas mulheres que durante as trevas intelectuais da Idade Média se destacou perante a instituição patriarcal da Igreja Católica Romana. Escreveu versos e músicas que se tornaram hinos religiosos, obras de teologia, medicina e ciência, explanando sobre suas visões e a origem do Universo, deixando também várias cartas. Embora hoje seus livros despertem interesses puramente históricos, suas composições ainda são muito divulgadas. Escreveu música e textos em honra da Virgem Maria em cantochão ou gregoriano e antífonas, sendo-lhe atribuídos 7 hinos, 35 antífonas, a peça teatral sacra Ordo Virtutum. Sua música e poesia continuou popular por séculos e seu trabalho mais conhecido é Scivias (1147-1148), no qual relatou suas 26 visões. Entre seus outros livros destacaram-se: Physica e Causae et Curae (1150), sobre história natural e poderes curativos de vários objetos naturais, e mais dois sobre suas visões: Liber vitae meritorum (1150-1163) e Liber divinorum operum (1163). Considerada a primeira das santas místicas da Alemanha, conhecida como Sybil a mística do Reno, e festejada no dia 17 de setembro. Proclamada Doutora da Igreja pelo Papa Bento XVI em 2012.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

13º Irena Sendler - O Anjo do Gueto de Varsóvia e Mãe das Crianças do Holocausto

O Coração Corajoso de Irena Sendler


Título Original: The Courageous Heart of Irena Sendler
Direção: John Kent Harrison
Gênero: Biografia, Drama
País: Estados Unidos, Canadá, Polônia
Estreia: 19 de abril de 2009
Duração: 95 minutos

Baseado na verdadeira história de Irena Sendler (Anna Paquin). A assistente social ativista cristã polaca que durante a Segunda Guerra Mundial arriscou sua vida para ajudar a salvar cerca de 2500 crianças judias, contrabandeando-as para fora do Gueto de Varsóvia. Em 1943, foi descoberta pelos nazistas, submetida a longas torturas e condenada a morte, mas conseguiu escapar e sobreviver à guerra.

Trailer (Inglês)
Clique aqui para assistir

Filme (Legendado)


13022014

*Um telefilme baseado na biografia "A Mãe das Crianças do Holocausto" da escritora Anna Mieszkowska, de 2005;

**Indicações:
Estados Unidos: Prêmio Emmy (2009) - Melhor Atriz para uma Minisérie ou Filme (Marcia Gay Harden), Melhor Edição para uma Minisérie ou Filme; Globo de Ouro (2009) - Melhor Atriz de uma Minisérie ou Telefilme (Anna Paquin); Internacional: Satellite Awards (2009) - Melhor Minisérie ou Telefilme;

**Preimiações:
Estados Unidos: Prêmio Emmy (2009) - Melhor Maquiagem para uma Minisérie ou Filme;

**Transmitido pela CBS em 19 de abril de 2009, e lançado em DVD no início de junho do mesmo ano;

Biografia

Irena Sendler

Irena Sendler (1910 - 2008): Em polaco: Irena Sandlerowa, nascida Krzyżanowska, também conhecida como "O Anjo do Gueto de Varsóvia" e "Mãe das Crianças do Holocausto" foi uma assistente social e ativista católica dos direitos humanos polaca que serviu no Movimento de Resistência Polaca e no Comitê Zegota durante a Segunda Guerra Mundial, arriscando a própria vida para ajudar a salvar cerca de 2.500 crianças judias do Holocausto, fornecendo documentos de identidade falsos, contrabandeando-as para habitações de famílias cristãs fora do Gueto de Varsóvia, levando alimentos, medicamentos e roupas às pessoas barricadas no Gueto. Em 1943, foi descoberta pelos nazistas, submetida a longas torturas e condenada a morte, mas conseguiu escapar e sobreviver à guerra. Era a única que sabia os nomes e moradias das famílias que albergavam essas crianças e, apesar de ser duramente torturada, negou-se a trair seus colaboradores e crianças. Irena recebeu a maior honra da Polônia por seus esforços humanitários durante a guerra. Em 1965, a organização Yad Vashem de Jerusalém outorgou-lhe o título de Justa entre as Nações e nomeou-a cidadã honorária de Israel. Em 2007, foi indicada pelo Governo da Polônia ao Prêmio Nobel da Paz, iniciativa do presidente Lech Kaczyński e que contou com o apoio oficial do Estado de Israel através do primeiro-ministro Ehud Olmert, e da Organização de Sobreviventes do Holocausto residentes em Israel. Em 2009, teve seu rosto gravado em uma moeda de prata comemorativa, uma homenagem aos resistentes do Holocausto na Polônia.

- Gueto de Varsóvia: Durante a Segundo Guerra Mundial, foi o maior gueto judaico estabelecido pela Alemanha Nazista na Polônia durante o Holocausto. Nos três anos da sua existência, fome, doenças e deportações para campos de extermínio reduziram a população estimada em 380.000 para 70.000 habitantes. Foi o palco da revolta do Gueto de Varsóvia, a primeira insurreição massiva contra a ocupação nazista na Europa. Apesar disso, a maioria das pessoas que estiveram no Gueto foi gaseada no campo de extermínio nazista de Treblinka, Polônia;

- Movimento de Resistência Polaca: Foi o maior movimento de resistência em toda a Europa, na época, ocupada pelos nazistas. Contra a ocupação nazista, era uma parte importante do movimento de resistência antifascista europeu. Interrompeu as linhas de abastecimento alemãs, fornecendo inteligência militar para os ingleses, e salvou muitas vidas judaicas do Holocausto, mais do que qualquer outra organização aliada ao governo;

- Zegota ou Comitê Zegota: Codinome do Conselho para Ajuda aos Judeus, organização clandestina de resistência polaca que operou na Polônia de 1942 a 1945, durante a ocupação alemã na Segunda Guerra Mundial. Sob os auspícios do Governo polaco no exílio através da Delegação do Governo para a Polônia, em Varsóvia. O propósito era ajudar os judeus do país e encontrar locais seguros para eles na Polônia ocupada. A Polônia foi o único país da Europa ocupada onde existiu uma organização secreta dedicada a tal ação;


- Holocausto: Tem origens remotas em sacrifícios e rituais religiosos da Antiguidade, em que plantas, animais e até humanos eram oferecidos às divindades, sendo completamente queimados durante o ritual. A partir desse uso, holocausto quer dizer cremação dos corpos. Também foi usado por tribos judaicas, evidenciado no Livro do Êxodo e na bíblia católica, no também chamado Livro do Êxodo. A partir do século XIX a palavra passou a designar grandes catástrofes e massacres, até que após a Segunda Guerra Mundial o termo Holocausto (com inicial maiúscula) foi utilizado especificamente para se referir ao extermínio de milhões de pessoas que faziam parte de grupos politicamente indesejados pelo então regime nazista, fundado por Adolf Hitler. Judeus, militantes comunistas, homossexuais, ciganos, eslavos, deficientes físicos e mentais, prisioneiros de guerra soviéticos, membros da elite intelectual polaca, russa e de outros países do Leste Europeu, além de ativistas políticos, Testemunhas de Jeová, alguns sacerdotes católicos, alguns membros mórmons e sindicalistas, pacientes psiquiátricos e criminosos de delito comum. Mais tarde, no correr do julgamento dos responsáveis por esse extermínio, o termo foi sendo aos poucos adotado somente para se referir ao massacre dos judeus durante o regime nazista.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

12º Rosa Luxemburgo - A filósofa, escritora e militante oradora marxista que morreu tentando evitar a Primeira Guerra Mundial

Rosa Luxemburgo


Título Original: Rosa Luxemburg
Direção: Margarethe von Trotta
Gênero: História, Biografia, Drama
País: Alemanha
Estreia: 10 de Abril de 1986
Duração: 123 minutos

A história real da filósofa, escritora e militante oradora marxista polaca-alemã Rosa Luxemburgo (Barbara Sukowa). Eminente e incansável representante do pensamento e ação social-democrata na Europa, foi várias vezes presa na Polônia e Alemanha. Ao lado de Karl Liebknecht (Otto Sander) e outros colegas, tentou arduamente impedir a Primeira Guerra Mundial, que iniciou em 1914 e terminou apenas em 1918.

Trailer (Alemão)

Filme (Legendado)

2012

**"O filme de Miss von Trotta tem um bom desempenho, com a performance sobriamente inteligente de Barbara Sukowa, é uma introdução de primeira linha para uma personalidade extremamente complicada. Necessariamente simplificado, bem como tendenciosamente em favor das crenças de Luxemburgo, que falam mais claramente para o público de hoje." Vincent Canby, The New York Times;

Biografia

Rosa Luxemburgo

Róża Luksemburg (1871- 1919): Filósofa, escritora, economista e oradora marxista polaca-alemã, que se tornou mundialmente conhecida por sua militância revolucionária. Nascida em Zamosc, região então pertencente ao império russo, hoje Polônia, foi uma das fundadoras da Liga Espartaquista, que defendia uma política antimilitarista e revolucionária, de primordial importância na história do movimento operário europeu. Filha de judeus de classe média, foi perseguida por precoces atividades políticas. Em 1889, emigrou para a Suíça, onde se doutorou em direito e ciência política. Após contatos com socialistas russos, como Georgy Plekhanov e Pavel Axelrod, fundou o Partido Social Democrata, mais tarde Partido Comunista da Polônia. Em 1898, após casar com Gustav Lübeck para adquirir cidadania alemã, se estabeleceu em Berlim e iniciou a publicação de suas obras. Em 1905, de volta a Varsóvia, foi presa. Logo depois da libertação voltou para a Alemanha, dando continuidade as suas publicações, acentuando a importância da condução partidária e da iniciativa revolucionária do proletariado. Atacou o capitalismo imperialista, e com Karl Liebknecht e outros radicais, participou da fundação da Liga Espartaquista. Em 1915 e 1916, foi presa por suas atividades oposicionistas. Em novembro de 1918, após sua última libertação, participou da fundação do Partido Comunista Alemão e acabou fuzilada em Berlim, devido a insurreição espartaquista. Deixou uma extensa obra sobre economia capitalista e os problemas inerentes à participação do proletariado no sistema político das sociedades burguesas, dentre elas: Reforma Social ou Revolução? (Sozialreform oder Revolution?, 1889), Greve de Massas, Partidos e Sindicatos (Massenstreik, Partei und Gewerkschaften, 1906), A Acumulação do Capital (Die Akkumulation des Kapitals, 1913), A Crise da Social-Democracia (Die Krise der Sozialdemokratie, 1916) e a póstuma A Revolução Russa. Uma Apreciação Crítica (Die Russische Revolution. Eine kritische Würdigung, 1922).

11º Hipátia - A filósofa, astrônoma e primeira mulher documentada como matemática

Alexandria


Título Original: Ágora
Direção: Alejandro Amenábar
Gênero: História, Biografia, Drama
País: Espanha
Estreia: 09 de Outubro 2009
Duração: 126 minutos

Século IV. No Egito, sob o poder do Império Romano, violentos confrontos sociais e religiosos invadem as ruas de Alexandria. Presa entre paredes, sem poder sair da lendária livraria da cidade, a brilhante Hipátia, com a ajuda dos seus discípulos, faz tudo para salvar os documentos da sabedoria do Antigo Mundo. Dois de seus discípulos, disputam o seu coração: o inteligente e privilegiado Orestes e o jovem Davus, escravo de Hipátia, dividido entre o amor secreto que nutre por ela e a liberdade que poderá ter ao juntar-se à imparável vaga de Cristãos. Baseado na história real de Hipátia ou Hipácia de Alexandria 

Trailer (Legendado)

Filme (Dublado)
Clique aqui para assistir


2011



**Ágora foi exibido em vários festivais: em 2009 no Festival de Cannes (França), Festival Internacional de Cinema de Toronto (Canadá) e no Cinemed - Festival de Cinema Mediterrânico de Montpellier (França). E em 2010 no Festival Internacional de Cinema Terceiro Milênio (México);

**Indicado a 13 categorias no Goya Awards (Espanha): Melhor Filme, Melhor Diretor (Alejandro Amenábar), Melhor Atriz (Rachel Weisz), Melhor Música (Dario Marianelli), Melhor Montagem (Nacho Ruiz Capillas), Melhor Trilha Sonora (Peter Glosso/ Glenn Fremantle) conquistando 7 prêmios: Melhor Roteiro (Mateo Gil/ Alejandro Amenábar), Melhor Fotografia (Xavi Giménez), Melhor Direção Artística (Guy Hendrix Dyas), Melhor Direção de Produção (José Luis Escolar), Melhor Figurino (Gabriella Pescucci), Melhor Maquiagem (Jan Sewell Suzanne Stokes-Munton) e Melhores Efeitos Especiais (Chris Reynolds
Félix Bergés).

Biografia

Hipátia de Alexandria, de Elbert Hubbard, 1908

Hipátia ou Hipácia de Alexandria (355 - 415): Corajosa filósofa, astrônoma e matemática grega filha de Theon, renomado filósofo, matemático e seu professor, responsável por despertar em Hipátia seu interesse pelos estudos. Na Academia de Alexandria ela aprendeu matemática, astronomia, filosofia, oratória e retórica. Completou os estudos na conceituada Academia Neoplatônica, em Atenas. Ao voltar, conquistou o posto de professora na Academia onde estudou parte de sua vida. Estudantes de várias cidades e países, cristãos ou pagãos, enfileiravam-se para assistir suas aulas. Logo se tornou diretora da Academia. Recusou-se a casar e renunciou à maternidade para se dedicar aos estudos e ensino. Escreveu um tratado sobre álgebra, comentários sobre matemáticos clássicos e se empenhou em solucionar problemas matemáticos confusos e questões astronômicas. Por ser independente demais para sua época gerou falsas acusações de alguns. Foi assassinada por um grupo de cristãos fanáticos que a acusavam de bruxaria.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

10º Marie Curie - A primeira pessoa a ganhar 2 Prêmios Nobel

Madame Curie


Título Original: Madame Curie 
Direção: Mervyn Leroy
Gênero: História, Biografia, Drama, Romance
País: Estados Unidos
Estreia: 15 de Dezembro de 1943
Duração: 124 minutos

Maria Sklodowska (Greer Garson) é uma jovem e brilhante estudante polaca de física, que através do seu tutor, o Prof. Jean Perot (Albert Bassermann), conhece o físico francês Pierre Curie (Walter Pidgeon), um homem tímido e completamente dedicado ao trabalho. Pierre permite que Sklodowska passe a trabalhar em seu laboratório e descobre que a moça é uma cientista talentosa. A paixão pelo o que fazem os unirá profissional e emocionalmente. Juntos, descobrirão o que provoca o estranho efeito que o Professor Becquerel (Reginald Owen) apontou ser provocado pelas pedras urânio e tório. Depois inúmeras experiências, encontrarão também outros elementos radioativos e os isolarão. Descobertas que tornarão Sklodowska a primeira pessoa a ganhar dois Prêmios Nobel, um de Física e outro de Química.

Filme (Legendado)

26072012


1ª edição do livro Madame Curie, de Eve Curie, 1937

**Uma adaptação do livro de mesmo nome, de 1937, escrito por Eve Curie sobre sua mãe. A famosa cientista polaca Marie Curie, pioneira na pesquisa sobre radioatividade, descobridora do rádio e polônio, e primeira pessoa a ganhar duas vezes o Prêmio Nobel;

**Indicações:
Estados Unidos: Oscar, Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood (1943) - Melhor Filme, Melhor Atriz (Greer Garson como Marie Curie), Melhor Ator (Walter Pidgeon como Pierre Curie), Melhor Música (Herbert Stothart), Melhor Fotografia (Joseph Ruttenberg), Melhor Direção de Arte Decoração de Interiores (Cedric Gibbons, Paul Groesse, Edwin B. Willis, Hugh Hunt), Melhores Efeitos Sonoros (Douglas Shearer);

Biografia

Marie Curie

Marie Salomea Sklodowska (1867 - 1934): Mais conhecida como Marie Curie, nome assumido após se casar, foi uma cientista polaca que exerceu a sua atividade profissional na França. Pioneira na pesquisa sobre radioatividade, foi a primeira pessoa a ser laureada duas vezes com um Prêmio Nobel. De Física, sendo a primeira mulher a receber tal prêmio, e de Química, pela a descoberta dos elementos rádio e polônio. Maria Sklodowska nasceu em 1867 na atual capital da Polônia, Varsóvia, quando essa ainda fazia parte do Império Russo. Seu pai era professor em uma escola secundária. Foi educada em pequenas escolas da região de Varsóvia, obtendo o nível básico de formação científica com seu pai. Envolveu-se com uma organização estudantil que almejava transformar a ciência, e por isso, teve que fugir de Varsóvia - que era dominada pela Rússia - para a Cracóvia, na época parte do Império da Áustria. Em 1881, com a ajuda da irmã, mudou para Paris, onde concluiu os estudos. Estudando na Sorbonne (hoje conhecida como Universidade de Paris), obteve licenciatura em Física e Matemática. Em 1894, conheceu Pierre Curie, um tímido físico professor em uma universidade, com quem se casou no ano seguinte. Em 1896, Antoine Henri Becquerel a incentivou a estudar as radiações emitidas pelos sais de urânio, que tinham sido descobertas por ele. Então, juntamente com seu marido, começou a estudar os materiais que produziam tais radiações, procurando novos elementos que, segundo a hipótese que os dois defendiam, deveriam existir em determinados minérios como a pechblenda (que tinha a curiosa característica de emitir ainda mais radiação que o urânio dela extraído). Em 1898, o casal deduziu que na pechblenda tinha algum componente liberando mais energia que o urânio. Em 26 de dezembro do mesmo ano, Marie anunciou a descoberta da nova substância à Academia de Ciências de Paris. Em 1902, após vários anos de trabalho constante, através da concentração de várias classes de pechblenda, Marie e Pierre isolaram dois novos elementos químicos. O primeiro foi nomeado polônio, em referência ao país de origem da cientista, e o outro rádio, devido à sua intensa radiação. Posteriormente partindo de oito toneladas de pechblenda, obtiveram mais 1 g de sal de rádio. Proposital e generosamente, o casal nunca patenteou o processo que desenvolveu, permitindo a investigação das propriedades do elemento por toda a comunidade científica. Os termos radioativo e radioatividade foram inventados por eles para caracterizar a energia liberada espontaneamente pelo elemento químico. No ano seguinte Marie, Pierre Curie e Antoine Henri Becquerel, conquistaram o Nobel de Física. Ainda em 1903, Marie doutorou-se em Ciências. Conseguiu que seu marido se tornasse chefe do Laboratório de Física da Sorbonne (atual Universidade de Paris). Em 1906, após a morte de Pierre, em um acidente rodoviário, Marie ocupou o lugar do marido e tornou-se a primeira mulher a ocupar tal cargo. Foi também nomeada Diretriz do Laboratório Curie do Instituto do Radium, da Universidade de Paris, fundado em 1914. Participou da 1ª à 7ª Conferência de Solvay. Oito anos depois, em 1911, recebeu o Nobel de Química, em reconhecimento por seus serviços para o avanço da química, com o descoberta dos elementos rádio e polônio, o isolamento do rádio e o estudo da natureza dos compostos do elemento. O Nobel de Química foi-lhe atribuído no mesmo ano em que a Academia de Ciências de Paris a rejeitou como sócia, perdendo com a diferença de apenas um voto.

9º Rosa Parks - A Mãe do Movimento de Libertação e Primeira-Dama dos Direitos Civis nos Estados Unidos

A História de Rosa Parks


Título Original: "The Rosa Parks Story
Direção: Julie Dash
Gênero: Biografia, História, Drama
País: Estados Unidos
Estreia: 24 de Fevereiro 2002
Duração: 88 minutos

Rosa McCauley (Angela Bassett), por ser negra, é tratada de maneira diferente, mas se recusa a acreditar que é inferior a alguém. Ainda jovem, conhece Raymond Parks (Peter Francis James), com quem se casa. Ele tenta protege-la da intolerância e opressão daqueles tempos, mas apesar de seus esforços, Rosa é forçada a lidar com muitas situações humilhantes. Sua tolerância acaba quando é convidada a ceder seu assento em um ônibus para uma pessoa branca e resolve se recusar, evento que tumultuou sua cidade. É possível que os esforços de uma mulher possam alterar séculos de ignorância e preconceito? 

Trailer (Inglês)

Filme (Inglês)
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Parte 5
Parte 6
Parte 7 (Final)

**Escrito por Paris Qualles e transmitido pela CBS, em 24 de fevereiro de 2002, o telefilme conta a história real de Rosa Parks, uma ativista dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos;

**Premiações:
Estados Unidos: NAACP Image Award - Melhor Telefilme, Melhor Atriz em um Telefilme (Angela Bassett como Rosa Parks); Black Reel Awards (2003) - Melhor Telefilme; Melhor Atriz (Angela Bassett como Rosa Parks), Melhor Atriz Coadjuvante (Cicely Tyson como Leona Edwards McCauley, mãe de Rosa Parks), Melhor Roteiro (Paris Qualles);

Biografia

Rosa Parks

Rosa Louise McCauley Parks (1913 - 2005): Costureira estadunidense que se tornou ativista e um dos símbolos dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, a quem o Congresso dos Estados Unidos mais tarde veio a chamar de "Primeira-Dama dos Direitos Civis" e "Mãe do Movimento pela Liberdade". No dia 1º de dezembro de 1955, em Montgomery (Alabama), ficou conhecida por se recusar a ceder seu lugar a um branco no ônibus, do qual foi expulsa e depois presa. Não foi a primeira a ter essa atitude, mas por fazer parte da “Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor” (uma das mais antigas e influentes instituições à favor dos direitos civis, fundada em 1909) acendeu boicotes aos ônibus de Montgomery, virando importante símbolo do movimento de luta pela igualdade de direitos. Fato que a tornou ícone internacional de resistência à segregação racial. Rose Parks colaborou com líderes dos direitos civis, inclusive Martin Luther King Jr.. Considerava suas ações de uma cidadã comum "cansada de desistir". Ao se aposentar fez sua autobiografia e recebeu várias honrarias por seu legado.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

8º Olga Benário - A corajosa judia e revolucionária alemã que lutou a favor do Comunismo

Olga


Título Original: Olga
Direção: Jayme Bonjardim
Gênero: Biografia, História, Drama, Romance
País: Brasil
Estreia: 20 de Agosto de 2004
Duração: 141 minutos

Olga Benário (Camila Morgado) é uma militante comunista desde jovem, que é perseguida pela polícia e foge para Moscou, onde faz treinamento militar. Lá ela é encarregada de acompanhar Luís Carlos Prestes (Caco Ciocler) ao Brasil para liderar a Intentona Comunista de 1935, se apaixonando por ele na viagem. Com o fracasso da revolução, Olga é presa com Prestes. Grávida de 7 meses, é deportada pelo governo Vargas para a Alemanha nazista e tem sua filha Anita Leocádia na prisão. Afastada da filha, Olga é então enviada para o campo de concentração de Ravensbrück.

Trailer

Filme

2010



1ª edição do livro Olga, de Fernando Morais, 1985

**Estréia do diretor Jayme Monjardim, o filme é uma adaptação do livro-reportagem do jornalista Fernando Morais, Olga, lançado em 1985, sobre a vida de Olga Benário Prestes (1908-1942), militante comunista alemã que foi companheira do líder Luís Carlos Prestes;

**Indicação:
Estados Unidos: Oscar - Melhor Filme Esrangeiro;

**Premiações:
Brasil: Grande Prêmio Brasileiro de Cinema (2005) - Melhor Direção de Arte (Tiza Oliveira), Melhor Figurino (Paulo Loes) e Melhor Maquiagem (Marlene Moura); Prêmio ABC de Cinematografia (2005) - Direção de Arte Longa-Metragem (Tiza de Oliveira) e Melhor Direção de Fotografia Longa-Metragem (Ricardo Della Rosa); Cuba: Festival do Filme de Havana (2005) - Prêmio do Público; Estados Unidos: Festival do Filme de Washington (2005) - Melhor Filme; Chile: Festival do Filme Viña del Mar (2005): Melhor Filme, Melhor Direção (Jayme Monjardim) e Melhor Atriz (Camila Morgado); Estados Unidos: Atlanta Jewish Film Festival (2007) - Prêmio do Público de Melhor Filme Narrativo;

**Sucesso de bilheteria no Brasil, apenas no fim de semana de estréia, 385 mil pessoas assistiram, tornando-se a maior abertura nacional de 2004 e a 3ª maior da retomada do Cinema Nacional;

Biografia

Olga Benário Prestes

Olga Benário Prestes (1908 - 1942)Maria Bergner, conhecida no Brasil como Olga Benário Prestes, foi uma judia comunista alemã, que lutou para acabar com as desigualdades e injustiças sociais.
Nasceu em 1908, filha de uma família burguesa de Munique. Em 1926, se tornou membro do Partido Comunista alemão. Com apenas 20 anos, comandou o sequestro de seu namorado e companheiro de militância na Juventude Comunista, Otto Braun, em Berlim, durante o julgamento do mesmo. Tornando-se uma das lideranças comunistas mais perseguidas na Alemanha nazista. Em 1929, foi acusada de atividades subversivas e presa. Depois de libertada, refugiou-se em Moscou (na época, capital da União Soviética), onde trabalhou na Internacional Comunista e conheceu Luís Carlos Prestes, importante líder revolucionário brasileiro. Ela fez parte do grupo de estrangeiros destacados para acompanhar Prestes em seu retorno ao Brasil. Ele pretendia liderar uma insurreição armada contra a presidência de Getúlio Vargas e instalar um governo revolucionário. Em abril de 1935, Olga e Prestes chegaram ao Brasil, onde viveram meses na clandestinidade e acabaram se envolvendo. Na época, Prestes era aclamado nas manifestações populares promovidas pela ANL (Aliança Nacional Libertadora), frente antifascista que reunia diversos setores de esquerda, entre eles os comunistas. Em novembro de 1935, um levante armado aconteceu na cidade de Natal, e Prestes ordenou que a insurreição fosse estendida ao resto do país. Mas o apoio militar prometido a Prestes não foi concretizado. Apenas algumas unidades de Recife e do Rio de Janeiro se levantaram contra o governo Vargas, que rapidamente controlou a situação, reprimiu e prendeu oposicionistas e revolucionários. Durante alguns meses, Olga e Prestes mantiveram-se na clandestinidade, mas em março de 1936 foram capturados pela polícia. Mesmo grávida, Olga foi deportada para a Alemanha nazista seis meses depois. Entregue à Gestapo (polícia política alemã), foi enviada para um campo de concentração, onde deu à luz Anita Leocádia Prestes. Após campanha internacional por sua libertação, Anita foi entregue a sua avó paterna, mas Olga continuou presa. Sendo executada em 1942, em uma câmara de gás pelos nazistas.

7º Waris Dirie - A somaliana que saiu da miséria para se tornar modelo internacional e Embaixadora da ONU

Flor do Deserto


Título Oriental: Desert Flower
Direção: Sherry Horman
Gênero: Biografia, Drama
País: Alemanha
Estreia: 05 de Setembro de 2009
Duração: 121 minutos

1965. Waris Dirie (Soraya Omar-Scego/ Liya Kebede) nasce em uma família de criadores de gado nômades, na Somália. Aos três anos, tem sua genital mutilada, uma prática que faz parte da cultura do seu país. A justificativa para o ato brutal? Tornar a mulher "pura" para o casamento, preservando sua virgindade. Aos 13 anos, para fugir de um casamento arranjado, ela atravessa o deserto por dias até chegar em Mogadishu, capital do país. Seus parentes a enviam para Londres, onde passa a trabalhar como empregada na embaixada da Somália. Waris passa toda a adolescência sem ser alfabetizada. Quando vê a chance de retornar ao país, descobre que é ilegal da Somália e não tem mais para onde ir. Com a ajuda de Marylin (Sally Hawkins), uma vendedora, Waris consegue um abrigo. E passa a trabalhar em um restaurante fast food, onde é descoberta pelo famoso fotógrafo Terry Donaldson (Timothy Spall). Através da ambiciosa Lucinda (Juliet Stevenson), sua agente, Waris torna-se uma modelo internacional. Mas apesar da vida de sucesso, ainda sofre com as lembranças de um segredo de infância.

Trailer (Legendado)

Filme (Legendado)

12092011


2ª edição do livro "Desert Flower: The Extraordinary Life of a Desert Nomad" (Flor do Deserto - A Extraordinária Jornada da Nômade do Deserto), de Waris Dirie e Cathellen Miller, 1997

**Dirigido e escrito por Sherry Hormann, o filme é baseado no best-seller "Desert Flower: The Extraordinary Life of a Desert Nomad" (Flor do Deserto - A Extraordinária Jornada da Nômade do Deserto) de Waris Dirie e Cathleen Miller, lançado em 1997;

** Premiações: 
Espanha: Festival Internacional de Cinema de San Sebastián (2009) - Melhor Filme Europeu; Alemanha: Bavarian Film Awards (2009) - Melhor Produção (Peter Herrmann) e Deutscher Filmpreis (2010) - Melhor filme Longa-Metragem.

Biografia

Waris Darie. Capa da edição alemãNomanden-tochter, 2002

Waris Dirie (1965): Nasceu em uma família de criadores de gado nômades, na Somália. Aos três anos, teve sua genital mutilada, uma prática que faz parte da "cultura" do seu país. A justificativa para o ato brutal? Tornar a mulher "pura" para o casamento, "preservando" sua virgindade. Aos 13 anos, fugiu da aldeia que vivia com a família um dia após saber que seria obrigada por seu pai a casar com um homem de 60 anos. Atravessou sozinha o deserto por dias, sofrendo com a fome, sede e com ferimentos nos pés. Em busca de sua avó, conseguiu chegar em Mogadishu, capital do país, que para a segurança de Waris a enviou para Londres, onde começou a trabalhar como faxineira na embaixada da Somália. Waris passou toda a sua adolescência sem ser alfabetizada. Quando viu a chance de retornar ao seu país, descobriu que era clandestina. Não tendo mais para onde ir, com a ajuda de uma vendedora, conseguiu um lugar para ficar e passou a trabalhar em um restaurante fast food. Lá, foi descoberta pelo famoso fotógrafo Terry Donaldson e através de uma ambiciosa agente de modelos, Waris tornou-se uma modelo mundialmente conhecida. Mas desistiu da carreira para se tornar embaixadora da ONU no combate à mutilação genital feminina.